Por detrás de alguns topónimos escondem-se histórias que nos falam das crenças religiosas ou pagãs dos nossos antepassados — histórias que chegaram até aos nossos dias transmitidas de geração em geração. Neste novo episódio da série “Os nomes da nossa terra”, Fran Cañotas visita a Serra do Cando, situada entre os concelhos de Cerdedo-Cotobade, Forcarei, A Lama e Beariz, para escutar algumas destas lendas que ainda se mantêm vivas.
Xosé Lino Vidal, natural de Laxedo, em A Lama, conhece muitas delas graças ao trabalho de recolha toponímica que realizou praticamente ao longo de toda a sua vida. Lino levará Fran a visitar algumas pedras da serra como Os Outeiros da Fala, O Outeiro das Letras ou Onde se Pousa o Santo, para lhe explicar a origem desses nomes e os rituais que aí se praticavam.
Manuel Sieiro, outra das pessoas que também se dedicou a recolher e preservar a toponímia da Serra do Cando, aguarda Fran Cañotas num local especial: A Porta do Alén. Para os habitantes de Cerdedo, este monumento megalítico do Monte do Gabián é um ponto de ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Manuel e Fran irão recriar o ritual que ainda hoje se realiza na noite do Samaín. Outro dos lugares singulares que Manuel lhe mostrará é um milladoiro chamado Onde Morreu o Homem, um local carregado de mistério e tradição.
No final deste episódio, Fran Cañotas entra em contacto com Vicente Feijoo, coordenador técnico de Galicia Nomeada e membro do Seminário de Onomástica da RAG, para que nos explique a origem e o significado do nome desta serra: O Cando.