Situada no estuário do rio Tambre, a ponte que dá nome a esta entidade populacional, e que une os municípios de Noia e Outes, é considerada um dos elementos mais singulares da engenharia medieval galega. Conta com 270 metros de comprimento e liga os dois bairros da localidade da Ponte Nafonso, um situado na freguesia de Roo (Noia), o outro na freguesia de Cando (Outes).
Há unanimidade entre os investigadores quanto à etimologia do topónimo. Provém de uma Ponte de Don Afonso original que resultou na Ponte Nafonso, passando por diferentes fases intermédias (Ponte Don Afonso e Ponte (do) n Afonso). Durante muito tempo, porém, circularam diferentes hipóteses sobre quem era Dom Alfonso, tão importante para nomear uma obra tão grande.
Uma dessas teorias remonta aos séculos VIII e IX e atribui a sua construção ao rei Afonso II o Casto, um dos principais promotores das rotas jacobeias para Santiago de Compostela. Mas Gonzalo Navaza descartou essa hipótese e resolveu a dúvida.
No artigo “Notas de toponimia xacobea galega” que aparece publicado na obra Estudos de Onomástica Galega VI. A onomástica e o Camiño de Santiago, o académico conta que por volta de 1220 esta ponte, então conhecida como Ponte de Pías, estava a ser construída. Em diferentes doações e ordens testamentárias recolhidas no acervo documental do mosteiro de Toxos Outos, reflete-se que “é obra de Afonso oitavo chamado noveno, don Afonso por antonomasia”.
Neste topónimo, portanto, "é honrada a memória do rei medieval que mais marcou a toponímia galega". Conheça esta e outras onomásticas afonsinas no artigo de Gonzalo Navaza na obra Estudos de Onomástica Galega VI. A onomástica e o Camiño de Santiago.
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