O Barco de Valdeorras encerra as palestras Toponimízate neste mês de novembro

O alunado e professorado do IES Lauro Olmo, do IES Martaguisela, do Colexio Plurilingüe Divina Pastora e também as mais de 25 pessoas que compareceram ao Teatro Lauro Olmo do Barco em Valdeorras foram os responsáveis pela despedida das palestras do Toponimízate. Falámosche dos nomes da túa terra neste mês de novembro. O evento foi acompanhado, nestas localidades, através do Canal YouTube da Real Academia Galega e, se quiser, pode voltar a vê-lo nesta página.

Vicente Feijoo, especialista em toponímia do Seminário de Onomástica da RAG, procurou novos e novas guardiães da microtoponímia galega entre os miúdos e o professorado do Barco de Valdeorras. Precisamente neste concelho ourensano, graças ao trabalho de vários colaboradores, como o professor Xabier Roo ou Gustavo Docampo, técnico de cultura do próprio concelho, já foram recuperados mais de 200 topónimos através da aplicação Galicia Nomeada

A parte que mais chamou a atenção no relatório foi, como de costume, aquela dedicada a conhecer a origem dos topónimos do município do Barco. Foram muitas as dúvidas e consultas a este respeito que Vicente Feijoo procurou resolver, a começar pelo topónimo do próprio concelho. O primeiro dos elementos que compõem o topónimo, barco, levou o imaginário popular a criar diversas lendas sobre a existência de uma embarcação da época romana nas margens do rio Sil; o lugar do Porto da Barca no ponto onde o navio deveria cruzar entre a capital com Viloira (que existiu até 1902) reforça a ideia de que o nome O Barco se referia a um barco que servia para atravessar o rio. Outra tese, entretanto, sustenta que a forma barco pode ter origem numa partícula pré-romana * barg- ou * barc. com o significado de “depressão fluvial ou concavidade”. Quanto ao segundo elemento, Valdeorras, refere-se ao Val dos Gigurros, povo pré-romano oriundo desta zona de Ourense.

Em 3 de dezembro, a última palestra da campanha do Toponimízate neste 2021

O Barco de Valdeorras não será, no entanto, a última palestra de 2021. A edição deste ano da campanha irá encerrar com uma edição especial das palestras Toponimízate: será no dia 3 de dezembro no Lar de Idosos de Ortigueira. Esta atividade de memória procura relacionar o envelhecimento ativo e a qualidade de vida dos nossos idosos com a recuperação da nossa toponímia tradicional, um tema que para eles é tremendamente próximo e importante. São eles e elas que valorizam, mantêm e preservam a memória coletiva da nossa riqueza toponímica e, portanto, representam um dos nossos maiores bens culturais.

 

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