Vilar de Santos vai conhecer esta semana o valor da sua toponímia

A campanha Toponimízate. Falámosche dos nomes da túa terra, regressa esta semana a terras da Limia. No sábado, 22 de junho, a partir das 12h00, o Museo Etnográfico da Limia (rua Celanova 63, Vilar de Santos) receberá a iniciativa da Real Academia Galega e da Secretaría Xeral da Lingua que percorre o país sensibilizando a população galega sobre a importância de salvaguardar os nomes das nossas terras para que cada vez mais pessoas e instituições adiram à plataforma colaborativa Galicia Nomeada, o grande projeto colectivo que em 4 anos recuperou mais de 78.000 microtopónimos (nomes de quintas, montanhas, fontes, falésias, ribeiras...) e da qual já fazem parte mais de 3.600 pessoas, associações, instituições e centros educativos.

A palestra será proferida pelo coordenador técnico do Seminario de Onomástica da RAG e do Galicia Nomeada, Vicente Feijoo. Nele, os participantes conhecerão o valor e a importância cultural dos nomes dos lugares que fazem parte da sua paisagem vital.

Um dos grandes temas que serão abordados no sábado em Vilar de Santos será o funcionamento da plataforma Galicia Nomeada: como se registar, como adicionar um nome de local, como gravar um áudio, como fazer upload de imagens ou como enviar sugestões sobre o nome do local já adicionado serão algumas das opções que serão vistas em detalhes. 

Depois deste bloco mais prático, virá a parte mais científica, na qual os participantes conhecerão a origem e mais o significado dos nomes das freguesias e aldeias de Vilar de Santos, secção que conta com o apoio na investigação destas etimologias do académico e professor da Universidade de Vigo, Gonzalo Navaza. 

Um dos muitos topónimos de que falará Vicente Feijoo é Castelaus, um gentilício que indica o local de origem dos primeiros habitantes deste aglomerado populacional, à semelhança de outros topónimos galegos como Sarreaus, Naveaus, Toldaos, Cumbraos... e que dizem respeito a população vinda de Sarria, Navia, Toledo, Coimbra... respetivamente. Neste caso, é muito provável que estes povos que motivaram o topónimo Castelaus não tenham vindo de Castela-Leão ou Castela-La Mancha, mas sim de uma antiga jurisdição denominada Terra de Castela que agrupava na Idade Média os atuais territórios das regiões do Ribeiro e do Carballiño.

 

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