Noia conhece a importância de salvaguardar a nossa toponímia
A campanha Toponimízate. Conhece os nomes da tua terra arribou nesta quinta-feira à câmara municipal corunhesa de Noia onde as pessoas que assistiram à Casa da Cultura aprenderam da mão de Vicente Feijoo, responsável de Toponímia da Real Academia Galega, a importância de salvaguardar a nossa toponímia e microtoponimia tradicionais.
No acto, que foi apresentado por Oliva Fraga, técnica de Cultura da Câmara municipal, e por Ana Filgueiras Rei, arqueóloga autárquica, participaram muitas pessoas que trabalham a favor da história e das tradições culturais deste município, todas elas desexosas de conhecer o funcionamento da nova plataforma Galicia Nomeada para participar na recolleita da microtoponimia noiesa.
Também puderam escutar as diferentes hipóteses que se têm proposto para explicar a origem e significado do topónimo Noia, desde as mais fantásticas que o relacionam com Noela, o nome da neta de Noé (daí que no escudo autárquico apareça debuxada a barca de Noé), até as mais científicas, como a de Bascuas, que faz derivar de uma raiz hidronímica indoeuropea neigw- ‘lavar’, de jeito que Noia poderia ser originariamente um ‘ lavadeiro ou lugar de banho’. Não seria o único topónimo prerromano, pois os nomes das freguesias Argalo, Boa, Obre e Roo teriam também esta origem remota. Como curiosidade, podemos destacar que o sonado lugar da Põe-te Nafonso foi em origem A Ponte de dom Afonso, em referência ao rei, por isso se conserva esse N- no topónimo atual.
Noia foi uma das paragens da campanha Toponimízate que nos meses de novembro de dezembro percorreu 16 localidades. As seguintes charlas toponimízate terão lugar em Folgoso do Courel (16 de dezembro, CPI Uxío Novoneyra, 14:30 horas), Cerdedo Cotobade (17 de dezembro, sala de usos múltiplos, 15.45 horas), Pazos de Borbén (19 de dezembro, auditório da Câmara municipal, 12:30 horas) e em Vilalba (27 de dezembro, Casa da Cultura, 20:00 horas).