A campanha Toponimízate chegou a Pazos de Borbén
O auditório da Câmara Municipal de Pazos de Borbén acolheu a última paragem da campanha Toponimízate 2019. Coñece os nomes da túa terra antes do Natal e antes da apresentação da aplicação Galicia Nomeada, que terá lugar no dia 20 de dezembro.
Vicente Feijoo foi apresentado pelo técnico da Cultura, José Manuel Soto, há muito interessado em oferecer esta atividade aos residentes deste município, que conta no seu território com um número significativo de vestígios arqueológicos, petróglufos e castros, adornados por uma rica tradição oral em risco de desaparecimento. A palestra contou com a presença de mais de 100 alunos do CPI Curros Enríquez de Pazos, acompanhados por uma dúzia de professores muito interessados em trabalhar na sala de aula com a nova aplicação para a recolha e divulgação da microtoponímia do município.
Ao falar do significado dos nomes das freguesias e lugares deste concelho, os participantes acabaram por descobrir que o nome deste município, criado em 1836, é composto pelos nomes de duas freguesias, Pazos (Santa Maria) e Borbén (Santa Maria).
Vicente explicou-lhes que Pazos é muito comum na toponímia galega e que deverá ter origem no latim PALATIOS. Na Idade Média, originalmente designava casas principais ou casas de certa importância (não tinham necessariamente de ser palácios ou o que hoje consideramos um pazo). Uma vez que por vezes os nomes dos lugares Pazo ou Pazos são aplicados a lugares desabitados, J.J Moralejo propôs a possibilidade de a sua origem remeter para uma palavra pré-romana que designava "cabanas de pastores" ou «estábulos para o gado». Mas há uma terceira hipótese, visto que o nome dos poucos lugares desabitados assim chamados também poderia ter origem no apelido dos proprietários de terras.
No que diz respeito a Borbén, é considerado por Bascuas (2014) como um hidrónimo pré-romano, que contém uma raiz *bher- 'brotar, ferver' e que designaria um lugar onde houvesse muitas nascentes. A tradição que o identifica como *Porbén parece ser uma tradição familiar lendária, nascida já na Idade Média e nos livros de linhagem para se referir a pessoas com este apelido (os Pazos de Porbén, etc.) e ligada ao lugar. O historiador Carlos Barros recolheu esta lenda.
